domingo, 10 de agosto de 2008

Deficiência Auditiva




Tipos de Deficiência Auditiva

Consistindo a surdez na perda, maior ou menor, da percepção normal dos sons, verifica-se a existência de vários tipos de portadores de deficiência auditiva, de acordo com os diferentes graus da perda da audição.O grau e o tipo da perda de audição, assim como a idade em que esta ocorreu, vão determinar importantes diferenças em relação ao tipo de atendimento que o aluno irá receber.
Sob o aspecto que intefere na aquisição da linguagem e da fala, o déficit auditivo pode ser definido como perda média em decibéis, na zona da fala (freqüência de 500 – 1.000 – 2.000 hertz) para o melhor ouvido.
Do ponto de vista educacional e com base na classificação do Bureau Internacional d´Audiophonologie – BIAP, e na Portaria Interministerial nº 186 de 10/03/1978, considera-se:


Parcialmente Surdo:
a) Surdez Leve – aluno que apresenta perda auditiva de até quarenta decibéis. Essa perda impede que o aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra. Além disso, a voz fraca ou distante não é ouvida. Em geral, esse aluno é considerado como destaneto, solicitando, frequentemente, a repetição daquilo que lhe falam. Essa perda auditiva não impede a aquisição normal da linguagem, mas poderá ser a causa de algum problema articulatório ou dificuldade na leitura e/ou escrita.
b) Surdez Moderada - aluno que apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta decibéis. Esses limites se encontram no nível da percepção da palavra, sendo necessário uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida. É freqüente o atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo, em alguns casos, maiores problemas lingüísticos. Esse aluno tem maior dificuldade de discriminação auditiva em ambientes ruidosos. Em geral, ele identifica as palavras mais significativas, tendo dificuldade em compreender certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas. Sua compreensão verbal está intimamente ligada à sua aptidão para a percepção visual.
Surdo:
a) Surdez Severa– Aluno que apresenta perda auditiva entre setenta e noventa decibéis. Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns ruídos familiares e poderá perceber apenas a voz forte, podendo chegar até quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Se a família estiver bem orientada pela área educacional, a criança poderá chegar a adquirir linguagem. A compreensão verbal vai depender, em grande parte, de aptidão para utilizar a percepção visual e para observar o contexto das situações.
b)Surdez Profunda – Aluno que apresenta perda auditiva superior a noventa decibéis. A gravidade dessa perda é tal, que o priva das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a linguagem oral. As perturbações da função auditiva estão ligadas tanto à estrutura acústica, quanto à audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso à estimulação auditiva externa, fator de máxima importância para a aquisição da linguagem oral. Assim também, não adquire a fala como instrumento de comunicação, uma vez que, não a percebendo, não se interessa por ela, e não tendo “feedback” auditivo, não possui modelo para dirigir suas emissões.
A construção da linguagem oral no indivíduo com surdez profunda é uma tarefa longa e bastante complexa, envolvendo aquisições como: tomar conhecimento do mundo sonoro, aprender a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição, perceber e conservar a necessidade de comunicação e de expressão, compreender a linguagem e aprender a expressar-se.
Na área da deficiência da audição, as alternativas de atendimento estão intimamente relacionadas às condições individuais do educando. O grau da perda auditiva e do comprometimento lingüístico, a época em que ocorreu a surdez e a idade em que começou sua Educação são fatores que irão determinar importantes diferenças em relação ao tipo de atendimento que deverá ser prescrito para o educando.Quanto maior for a perda auditiva, maiores serão os problemas lingüísticos e maior será o tempo
em que o aluno precisará receber atendimento especializado.


De professor para professor...


DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO - SURDEZ

  • Alguns aspectos metodológicos que devem ser observados pelo professor:
  • Chamar a criança pelo nome, quando se dirigir a ela, é uma das formas de colaborar para a descoberta de sua identidade. Antes de falar, o professor deve esperar que a criança olhe para ele. Se ela não o fizer, ele deve segurá-la pelo queixo e, gentilmente, faze-la voltar-se para ele;
  • Usar palavras simples e familiares em frases curtas como, por exemplo, venha comer. Não se deve usar “linguagem infantil” com a criança, pois, posteriormente, ela só entenderá quem lhe falar da mesma maneira;·
  • Utilizar os movimentos do corpo e a expressões do rosto – linguagem corporal – para ajudar a criança a se comunicar a todo instante. Assim, ela aprenderá o que significam esses movimentos e expressões;
  • Usar movimentos do corpo para tornar mais clara a mensagem falada para aqueles que o estão escutando ou estão vendo.
  • Balançar a cabeça quando disser sim ou não;
  • utilizar as mãos para mostrar o tamanho dos objetos, etc;·
  • Modificar a expressão do rosto de acordo com o que se fala. Pode-se demonstrar pesar, alegria, surpresa e muitos outros sentimentos no rosto;·
  • Não parar de conversar com a criança o utilizar a linguagem corporal. É sempre muito importante estimular sua linguagem;·
  • Descobrir se a criança está entendendo seu interlocutor, pedindo-lhe que responda as perguntas. A criança pode responder de diferentes maneiras: fazendo o que se pediu, falando ou apontando coisas. A criança pode responder, também emitindo sons, que não são propriamente palavras;·
  • Valorizar a emissão de qualquer som que a criança queira ou consiga produzir. Mais tarde, pode ajudá-la a dizer palavras, emitindo corretamente os sons;·
  • Reconhecer o esforço da criança quando ela fizer alguma coisa bem feita ou aprender a dizer palavras novas, por meio de palavras e demonstrações de emoções de alegria. A criança desejará agradar e, então, repetirá o que tiver feito ou aprendido;
  • Estimular a criança a falar, enquanto estiver desenvolvendo alguma atividade.

4 comentários:

Jacirinha disse...

QUERIDA, QUE BELO BLOG! AS INFORMAÇÕES QUE AQUI ESTÃO É DE MUITA VALIA PARA TODOS VIU!
BEIJÃOOOOOOOOOOOOOO

Anônimo disse...

Jacki....Parabéns!!! quando entro aqui não dá vontade de sair....ta tão lindinho! são tantas informações ....amei! beijo.

Anônimo disse...

olá Jacki

Gostei muito do seu blog. Agradeço suas palavras tão carinhosas deixadas no mundo da Mi.
Vou divulgar seu blog em minhas comunidades de pais e profissionais de pessoas com autismo.
Quando puder poste sobre sua experiência com o autismo.

Beijo!

Cristina disse...

Bom Dia!Tks pela visita fiquei muito feliz, seu blog é maravilhoso e os textos importantes p/ajudar a lidar com as dificuldades encontradas, já aviso que adorei o dominó e vou utiliza-lo(copiar)p/meus filhos creio q todos deveriam saber a linguagem dos sinais.Muito Obrigado vou add no msn(do meu marido).Nos falaremos muito, adoro conversar qdo tiver materia de inclusão te aviso e te mando c/maior prazer.
Bjs
Bom final de semana p/toda familia.
Cris